patorecheado@hotmail.com
__________________

Conversa de frigorífico

O Casanova deparou-se com uma situação de que sempre se ouviu falar, ou seja, à medida que uma pessoa amadurece dá-se valor a outras coisas que outrora não tinham qualquer significado.
Uma paisagem, um cheiro, um livro, uma companhia, um sabor, uma música, uma conversa, uma ideologia...
Uma companhia (feminina) para um homem não implica necessáriamente uma Substituta. Ou seja, não tem que acabar em sexo.
Pode-se desfrutar de uma pintura ou de uma paisagem sem ter que a levar para casa. Basta tê-la na mente e dar asas á imaginação.
Uma refeição, um café, uma conversa não tem que acabar em sexo. À medida que se caminha para os 40 anos aprecia-se uma boa companhia, uma cara bonita, uma boa conversa, uma boa piada, uma boa gargalhada, apenas isso... O sexo iria estragar tudo. No fundo apenas se quer o que não se tem. Algo diferente. Porque o sexo há-de ser sempre igual.. por cima, por baixo, de lado, devagar, rápido, geme, arranha, grita, orgasmo, cigarro.
Tudo o resto já se tem. As conversas banais sobre as contas por pagar, os programas da TV, o trabalho, as férias, o frigorífico, as tarefas domésticas, a despensa, os filhos, etc, etc, etc.
Digamos que, se aos 20 anos engolia-se um prato cheio de comida só para saciar a fome sem importar o que se come, mas à medida que se caminha para os 40 começa-se a saborear mais a comida e sem encher a barriga.
Até porque aos 40 não convém comer muito, se não a malta engorda.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei da analogia, sexo, idade, comida… Mas n concordo contigo em tudo isso…lol